No dia 22 de abril é rememorado o protesto ambiental ocorrido em 1970, liderado por Gaylord Nelson (1916-2005), ativista ambiental e senador norte-americano. Com o apoio de diversas comunidades educacionais, cerca de 20 milhões de pessoas participaram de um grande movimento com passeatas e discursos nas cidades de Nova Iorque, Washington e Portland. Alguns dos temas abordados foram a poluição, a destruição do ambiente, o desmatamento e o efeito estufa. Em virtude disso, a data foi escolhida para levar o nome de “Dia da Terra”. 

De lá para cá, apesar da movimentação de empresas, ONGs e adesão da população em ações de contribuição, ainda há muito que se fazer para amenizar os efeitos da ação humana. O serviço meteorológico britânico, Met Office, que monitora o clima desde 1854, prevê que as temperaturas nos próximos cinco anos estarão até 1°C mais altas do que aquelas observadas no período pré-revolução industrial. Parece inofensivo, não? Que diferença 1ºC poderia fazer em nossas vidas, certo? Errado. Pensem comigo, se as geleiras congelam à 0ºC, um aumento causaria derretimento, o que encheria os mares e inundaria as cidades, como em um efeito dominó. 

A vida na terra é baseada em uma cadeia, um ciclo que deve ser preservado, cada um em seu espaço e função. As práticas de desrespeito ao meio ambiente geram as mais diversas consequências, como um efeito colateral. Para dar um exemplo mais recente, uma publicação da ONU revelou que o surto de coronavírus pode ter ligação direta com a degradação ambiental. Os cientistas sugerem que habitats degradados podem incitar e diversificar doenças.

Entre outros fatores que causam danos ao nosso lar, que é este planeta, estão: queima de combustíveis fósseis, o que emite à atmosfera gases de efeito estufa e aumentam o buraco na camada de ozônio, o aumento do desmatamento, poluição do solo e águas com atividades agrícolas, entre outros. 

A solução soa como muito distante de nós. Mas há o que se fazer na rotina e que beneficie o coletivo. Não podemos esperar uma atitude somente das indústrias e governo.

Pequenas atitudes fazem grande diferença: como por exemplo, o descarte correto de resíduos. Um estudo divulgado em 2019 pela ONG  World Wide Fund (WWF), mostra que o Brasil recicla apenas 1,2% das 11 milhões de toneladas de plástico produzidos anualmente aqui, bem abaixo da média global, que é de 9%. Outras ações também contribuem para a terra, oferecer carona para um colega de trabalho, além de uma gentileza, faz bem ao meio ambiente, você contribui para evitar a circulação de mais um veículo. Quando for possível prefira se locomover de bicicleta ou até à pé. Faça sua parte.

A atitude começa agora. De casa. 

Hoje este artigo o faz lembrar e pensar na terra, mas, te faço aquela pergunta clichê: e os outros 364? O que você fará pela nossa casa? 

O que está da porta para fora também é lar.

Para que esta não seja somente mais uma data no calendário, cabe a nós fazermos acontecer. Aja. Agora. Salve nosso lar.

Mirela Souto, é gestora de comunicação da Marca Ambiental.